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5 Dicas para Identificar Um Médico Charlatão

5 Dicas para Identificar Um Médico Charlatão

5 Dicas para Identificar Um Médico Charlatão 150 150 Iberê Datti

A medicina, e a área da saúda em geral, assim como em qualquer outra profissão, possui profissionais mal-intencionados ou mal formados prontos para tomar o dinheiro dos pacientes mais desavisados, crédulos ou desesperados. 

Essa situação é agravada pela abertura desenfreada de cursos de medicina e de pós-graduação de fim de semana sem o controle de qualidade adequado por parte das instituições responsáveis. Além disso, a facilidade de divulgação de serviços prestados e marketing médico (muitas vezes antiético) por meio das redes sociais também colabora para esse cenário que só tem a prejudicar os pacientes. 

Pensando em dar ferramentas para que os pacientes possam ficar menos suscetíveis a esse tipo de mau profissional, deixo a seguir seis dicas que podem te ajudar. 

Promessa de resultados 

Saúde, além de não ser uma ciência exata, é uma atividade meio e não uma atividade fim. Oferecemos um caminho, mas não podemos garantir resultado. 

Se viu alguém dando a entender que o resultado é garantido, desconfie.

Não fez

Conehcimento e Ferramentas Exclusivos 

Realiza técnicas, tratamentos e métodos exclusivos, as vezes milagrosos (geralmente não publicados em revistas científicas e não validados pelas sociedades médicas). 

Os métodos diagnósticos e terapêuticos devem ser reprodutíveis e toda a literatura disponível avaliada pelos pares e sociedade científica.  

A maioria dos tratamentos e testes diagnósticos deve ser aprovado em ensaio clínico prospectico, cegado e randomizado e revisões sitemárica com meta-análise bem desenhados antes de ser amplamente ofertado aos pacientes. 

Se não existe um protocolo de investigação registrado em grandes plataformas reconhecidas internacionalmente para esse fim, com ClinicalTrials.gov, PROSPERO e Cochrane, desconfie. 

Se não existe indiciação explícita nos principais Guidelines das especialidades médicas, desconfie. 

Se não existem trabalhos científicos realizados por grupos diferentes, em lugares diferente, mostrando consistência de resultados, desconfie. 

Formação

Não fez residência médica em um hospital escola vinculado a uma instituição universitária respeitada, mas algum curso de “pós-graduação” de fim de semana. 
 
Especialista em uma área não reconhecida pela Associação Médica Brasileira (AMB) – As especialidades reconhecidas pela AMB estão disponíveis em https://amb.org.br/sociedades-de-especialidades-filiadas-amb 

Como regra, quem se forma em faculdade ruim omite ou dificulta o acesso ao seu local de formação. 

Exames em excesso

Solicita inúmeros exames sem indicação clara e prescreve fórmulas com muitos itens para comprar na farmácia de manipulação. 

Cuidado com a falácia da plausibilidade. É muito fácil criar uma narrativa em que vai fazer todo o sentido solicitar aquele monte de exames, mas a lógica aqui é a mesma que para os tratamentos, é preciso reprodutibilidade usando método científico adequado, avaliação por pares e comunidade científica, indicação por guidelines bem estabelecidos. 

 
Não ter título de especialista

Não possui título de especialista reconhecido pela AMB e pela Sociedade Médica correspondente. 

Para verificar isso, você pode entrar no site da AMB e ver se a especialidade divulgada realmente existe e é reconhecida. Se for, você pode acessar o site da sociedade brasileira responsável pela área e checar se o profissional está devidamente inscrito e ativo. 

Cuidado, nos últimos anos têm surgido muitas “sociedades médicas” sem respaldo do CFM, AMB e meio acadêmico.