Comparativo de tratamentos invasivos vs. não-invasivos para artrose de joelho
Postado em: 24/11/2025
Conviver com artrose de joelho é lidar com dor, rigidez e limitações que comprometem desde uma simples caminhada até o ato de subir escadas.
No consultório, uma dúvida é frequente: “Quando devo insistir nos tratamentos não-invasivos e quando é o momento certo de considerar uma cirurgia?”
A resposta depende do grau de desgaste da articulação, do impacto na rotina diária, da resposta aos tratamentos anteriores e, principalmente, dos objetivos de cada paciente.
Neste conteúdo, explico as diferenças entre as abordagens não-invasivas e invasivas, os critérios que guiam essa escolha e como é possível recuperar a mobilidade e a qualidade de vida, mesmo com o diagnóstico de artrose do joelho.
O que é artrose no joelho
A artrose de joelho, ou osteoartrite, é uma doença degenerativa que gera desgaste da cartilagem e pode afetar o osso subcondral, os meniscos e a membrana sinovial.
Provoca dor, rigidez e limitação de movimento, dificultando ações simples como levantar-se da cadeira ou agachar-se.
Embora mais comum com o avanço da idade, a artrose não é consequência natural do envelhecimento. Resulta de fatores mecânicos, metabólicos e inflamatórios, como desalinhamentos, excesso de peso, traumas e doenças inflamatórias.
Manter a musculatura forte, o peso adequado e o alinhamento correto ajuda a preservar a função do joelho e retardar a progressão da doença.
Causas e fatores de risco
O envelhecimento é um dos principais fatores associados à artrose do joelho, mas não atua sozinho. Excesso de peso, histórico familiar, lesões anteriores e cirurgias prévias aumentam a probabilidade de desenvolver a doença.
O sedentarismo e o enfraquecimento muscular também favorecem a degeneração articular. Por outro lado, manter a musculatura fortalecida, cuidar da postura e praticar exercícios de baixo impacto ajudam a proteger o joelho e retardar a progressão da artrose.
Sintomas que merecem atenção
Os sinais da artrose do joelho mais evidentes são dor ao iniciar o movimento, rigidez matinal, inchaço após esforço e sensação de atrito durante a movimentação da articulação.
Nos estágios mais avançados, podem ocorrer travamentos, deformidades e acúmulo de líquido (derrame articular).
Se esses sintomas forem persistentes, é fundamental procurar um ortopedista especialista em joelho para avaliação e diagnóstico adequados.
Como faço o diagnóstico
O diagnóstico da artrose do joelho é baseado na avaliação clínica e funcional. Durante a consulta, observo a marcha, o alinhamento das pernas, a força muscular e o nível de dor.
Exames como radiografia e ressonância magnética ajudam a definir o grau de desgaste e orientar o plano de tratamento mais adequado.
Tratamentos não-invasivos: a base do cuidado
Sempre começo pelo que traz bons resultados com menor risco. Em muitos casos, o tratamento conservador é suficiente para aliviar a dor e recuperar a função articular.
Fisioterapia e fortalecimento
É o pilar do tratamento. O fortalecimento do quadríceps, glúteos e core, aliado a exercícios de equilíbrio e controle motor, melhora a estabilidade e reduz a dor.
As cargas e os exercícios são ajustados conforme o condicionamento e os objetivos do paciente, sempre de forma individualizada.
Controle de peso e condicionamento físico
A redução de 5% a 10% do peso corporal já diminui a sobrecarga no joelho. Atividades de baixo impacto, como bicicleta, hidroginástica, elíptico e caminhadas leves, ajudam a manter o condicionamento sem agravar o desgaste.
Adaptações na rotina
Pequenos ajustes fazem diferença: alternar períodos de pé e sentado, usar calçados adequados, evitar agachamentos profundos e planejar pausas ao longo do dia.
Esses cuidados reduzem crises e ajudam a manter o joelho funcional.
Medicações e suplementos
Utilizo analgésicos e anti-inflamatórios apenas quando necessário e por tempo limitado. Em alguns casos, associo condroprotetores, que auxiliam na saúde da cartilagem.
Órteses e palmilhas
Indicadas em casos de desalinhamento ou sobrecarga localizada, ajudam a redistribuir o peso e diminuir o desconforto durante as atividades.
Infiltrações
As infiltrações representam uma etapa intermediária entre o tratamento clínico e o intervencional.
- As aplicações com corticoide aliviam crises inflamatórias de forma rápida, porém temporária;
- A viscossuplementação com ácido hialurônico melhora a lubrificação e o conforto articular por vários meses;
- O plasma rico em plaquetas (PRP) atua na modulação da inflamação e na regeneração tecidual, indicado para casos específicos.
Sempre explico as indicações e benefícios de cada técnica para que a escolha seja segura e personalizada.
Agende sua avaliação: quanto antes identificarmos o estágio da artrose de joelho, mais eficaz será o tratamento e menor o risco de progressão.
Tratamentos invasivos: quando considerar
Indico procedimentos invasivos quando a dor persiste após o tratamento conservador bem conduzido ou quando o desgaste articular é avançado.
Artroscopia
Embora não cure a artrose, pode ser útil em casos com corpos livres ou lesões meniscais instáveis que provocam dor e travamentos.
Recomendada para pacientes mais jovens com desalinhamento e artrose localizada. O procedimento corrige o eixo da perna, redistribui a carga e retarda a necessidade de artroplastia, preservando a articulação natural por mais tempo.
Radiofrequência dos nervos geniculares
Técnica minimamente invasiva que atua nos nervos responsáveis pela dor, oferecendo alívio prolongado. É uma opção para quem ainda não pode — ou prefere adiar — a cirurgia.
Artroplastia total de joelho
Indicada em casos de artrose grave, com dor constante e limitação funcional importante.
A artroplastia total de joelho proporciona alívio duradouro e melhora significativa da mobilidade, especialmente quando associada a uma reabilitação adequada. Agende hoje mesmo sua consulta!
Perguntas frequentes (FAQ)
1. A infiltração pode substituir a cirurgia?
Não. As infiltrações com corticoide, ácido hialurônico ou PRP ajudam a controlar a dor e a inflamação, mas não regeneram a cartilagem. Podem adiar a cirurgia, especialmente em casos leves, mas não a substituem quando o desgaste é avançado.
2. Quanto tempo dura o efeito da viscossuplementação?
Depende do produto e do perfil do paciente, mas geralmente dura de 4 a 8 meses. Nesse período, há melhora na lubrificação, redução da dor e mais conforto para o movimento. Quando bem indicada, pode ser repetida com segurança.
3. Quando é indicada a artroplastia total de joelho?
Quando a dor é constante, o impacto na rotina é alto e o tratamento conservador não traz mais alívio. A artroplastia total de joelho oferece excelente resultado na redução da dor e melhora da mobilidade, desde que acompanhada de reabilitação adequada.
4. O fortalecimento muscular faz diferença?
Sim. O fortalecimento do quadríceps e dos glúteos reduz a sobrecarga sobre o joelho e melhora a estabilidade articular, aliviando a dor e preservando a função.
5. Como evitar a progressão da artrose?
Mantenha o peso adequado, pratique exercícios de baixo impacto e faça acompanhamento médico regular. Esses cuidados ajudam a preservar a articulação e retardar o avanço da doença.
Consulta com especialista em joelho
O tratamento ideal da artrose de joelho depende das suas metas, do estilo de vida e do grau de desgaste. Com avaliação individualizada, é possível aliviar a dor e recuperar a mobilidade.
Agende sua consulta e descubra se o melhor caminho para você é o tratamento não-invasivo, minimamente invasivo ou cirúrgico.