É muito comum que pessoas obesas ou acima do peso tenham dúvida se podem ou não correr.
Essa dúvida é muito pertinente, já que atividade física é uma ferramenta fundamental no processo de perda de peso, mudança do estilo de vida e é uma atividade física fácil e acessível a praticamente qualquer pessoa.
Muitos pacientes acreditam que correr é só para os magros. Felizmente isso não é verdade. Mas é preciso tomar alguns cuidados antes de sair correndo por aí sem orientação alguma.
Três aspectos devem ser observados antes de liberar um paciente obeso para correr.
1. Muitas vezes o paciente não tem apenas obesidade, tem obesidade e alguma outra doença: diabete, pressão alta, alteração do colesterol, entre outras. Esse paciente tem risco cardiovascular aumentado? Precisa de avaliação pré-participação esportiva com exames complementares? Se sim, há alguma limitação ou problema identificado?
2. Alguns pacientes ficam cansados para ir da recepção até o consultório, precisam parar para descansar após caminhar apenas 1 ou 2 quarteirões. Nesses casos é possível imaginar que o esforço para caminhar já está próximo da alta intensidade para esse paciente. A demanda cardiovascular para correr é compatível com o planejamento de treino proposto?
3. Muitas vezes, ainda antes de iniciar a prática de atividade física o paciente já tem queixa ortopédica, tendinopatias ou dores articulares. Será que submeter estruturas que já estão no limite da sua capacidade de trabalho a cargas ainda maiores impostas pela corrida é a melhor opção?
Se após avaliar esses 3 aspectos não houver nada que impeça ou deixe dúvida, o paciente com obesidade pode ser liberado para correr.
OBS: esses 3 aspectos servem para praticamente qualquer paciente e praticamente qualquer atividade física.